Olá, e obrigado por sua visita! Tive a oportunidade de participar da edição 2018 do Google Cloud OnBoard, evento internacional promovido pelo gigante das pesquisas na Internet. O intuito foi apresentar algumas tecnologias presentes em sua oferta de computação em nuvem pública, apontando pontos fortes dos diversos produtos. Neste post, escrevo minhas impressões a respeito dele.

No Brasil, o evento aconteceu em 6 cidades:  Salvador, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, locais onde o Google possivelmente acredita que há público maior para seus conteúdos. Fiquei surpreso de ver que o Nordeste foi lembrado duas vezes.

 

Local

O evento aconteceu no Allianz Parque, conhecido popularmente como “Arena Palmeiras”, por se tratar nada mais, nada menos, do novo estádio do clube de futebol.

O público estimado era de 4.000 pessoas, entre desenvolvedores, analistas de infraestrutura e gerentes, o que ajuda a entender o motivo de escolher um estádio de futebol para acomodar a plateia. Daí, vem a primeira reclamação:  para palestras que duravam, em média uma hora e meia, as cadeiras são desconfortáveis, e o próprio espaço existente entre uma cadeira e outra, incluindo a distância entre as filas, era ridículo!

O procedimento de entrada ficou meio bagunçado, porque havia cerca de 6 catracas para acomodar a maioria dos espectadores, uma vez que os “VIPs” poderiam ingressar diretamente através de uma entrada à parte. Os leitores de QR Code usados para checar a autenticidade dos bilhetes tiveram alguma dificuldade para ler fotos de telefones celulares. Quem levou o ingresso na forma impressa teve alguma vantagem neste aspecto.

Seguindo o mote de futebol e ano de Copa do Mundo, o Google tratou de colocar uma decoração relevante. Veja acima. Os brindes também seguiram o mesmo estilo, com uma mão e um balão inflável usado para gerar ruído a pedido dos animadores do time de vendas. Destaque também para o adesivo com uma figura representando o robô do Android vestido com a camisa da seleção brasileira de futebol.

A logística de alimentação também foi sofrível. Filas imensas se formavam em frente aos locais, com nenhuma organização por parte do staff. Era preciso recorrer à educação de cada um para atravessar ou mesmo se manter em alguma fila.

O Google entregou vouchers individuais que totalizavam R$ 20,00. Havia lanchonetes cobrando R$ 5,00 por um pão de queijo ou um café simples, ou mesmo copo de água ou suco em lata.  Alguns itens eram mais caros. Para quem não queria almoçar snacks como estes, havia opção de “food trucks” servindo sanduíches ou pizzas! E detalhe: o preço médio cobrado por cada “prato” era de R$ 25,00.  Um cheeseburger simples com batatas chips, por exemplo, saiu por esse valor. Ou seja, o espectador precisaria ainda completar o valor do seu bolso para se alimentar. Preço típico de Copa do Mundo. 🙂 Para quem não esperava nem receber qualquer auxílio na alimentação, valeu.

O espaço físico destinado aos parceiros/revendas foi muito resumido. Ficaram espremidos em stands simples com cavaletes de madeira, sem qualquer destaque. Era tanta gente circulando pela área inferior do estádio, que muitos patrocinadores sequer foram vistos.

Dentro do estádio, havia um palco principal, onde os apresentadores se revezavam e onde os animadores também convocavam a plateia para se manifestar através dos balões infláveis entregues. A ideia era criar um clima de interação contínua entre apresentadores e plateia

Na lateral esquerda, havia uma cabine especialmente montada para receber alguns profissionais do Google que eram entrevistados pelo Ricardo Carvalho, gerente de marketing da marca. Estas entrevistas foram disponibilizadas em tempo real através do streaming disponibilizado no YouTube.

 

Conteúdo

Felizmente, apesar de todos os contratempos causados pela logística de alimentação e locomoção através do ambiente do estádio, as palestras foram de excelente qualidade!  A programação seguiu esta agenda:

  1. Apresentação da GCP (Google Cloud Platform);
  2. Primeiros passos com a GCP;
  3. Máquinas virtuais;
  4. Armazenamento;
  5. Containers;
  6. Aplicativos;
  7. Desenvolvimento, implantação e monitoramento;
  8. Big Data e Machine Learning (não vi este por completo para evitar espera excessiva na saída do estádio).

As apresentações foram conduzidas, basicamente, por três engenheiros de suporte:  Renato Leite, Ricardo Geh e um terceiro que apareceu apenas no final do evento para ministrar o último tópico.  Infelizmente, não me recordo do nome dele.  Quase todos os conteúdos tiveram demonstrações das funcionalidades respectivas.

Foram mostrados, por exemplo, uso de Kubernetes e formas de orquestração; o curto tempo de boot das VMs; possibilidade de comunicação de rede entre recursos localizados em regiões diferentes, mas dentro do mesma VPC (Virtual Private Cloud), termo idêntico ao usado pela AWS; o banco de dados relacional, escalável e global Cloud SQL

Um dos destaques da plataforma é o Google Cloud Shell, que possibilita, no próprio browser, o uso de um shell Linux equipado com a ferramenta de linha de comando gcloud. Isto descarta a necessidade de instalação da CLI no sistema operacional do cliente.

Grande ênfase foi data aos serviços que fornecem armazenamento na plataforma. Dentre eles, o Cloud Bigtable, que é a implantação de NoSQL do Google, e o Cloud Spanner.

Na parte de computação, o recurso mais interessante do GKE foi a cobrança por segundo de processamento, quebrando o paradigma das cobranças tradicionais por hora, ou mesmo por minuto em outros provedores de computação em nuvem pública.

Pegando o embalo na fama dos áudios do Google Assistant divulgados pelo CEO Sundar Pichai, mostrando conversas reais entre o produto e seres humanos, o TensorFlow também foi ressaltado, e é a joia do Google no tópico Machine Learning. Junto com o Kubernetes, são dois projetos open source que possuem extrema aceitação pelos desenvolvedores ao redor do mundo.

Após alguns dias, os participantes receberam um e-mail solicitando a participação em uma pesquisa de satisfação.  No mesmo e-mail, também foi enviado um link liberando o acesso a 7 laboratórios na plataforma Qwiklabs. Aqueles que conseguirem completar todos os laboratórios dentro do período de uma semana terão direito a US$ 200,00 em créditos na GCP.

 

Conclusão

Com exceção da falta de espaço para acomodar tantas pessoas na área inferior do estádio, os conteúdos foram muito bons, principalmente porque foram enriquecidos com demonstrações práticas (algumas nem tão bem sucedidas assim), mas que não prejudicaram o brilho dos lançamentos.

Até a próxima! 😉

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Categorias: DC/Cloud

Maurício Harley

Olá! Meu nome é Maurício Harley. Tenho mais de 20 anos de experiência em Tecnologia da Informação. Durante minha carreira, trabalhei em setores diversos, como suporte a usuário final, manutenção de hardware, instalação e suporte a redes de computadores, programação, projetos avançados em Data Center, Cloud Computing, Cyber Security e Redes, incluindo Service Providers.

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